Deus quer assim - Um entendimento dos motivos das dores e dificuldades.
Quando
passamos por momentos difíceis em nossa vida, a fé e a compreensão do porquê
isso tudo acontece, muito nos auxiliam.
Entender que
trazemos uma história muito mais longa e complexa do que aquilo que se pode
contar em apenas uma existência é um bom começo.
Saber que
somos os herdeiros de nossas próprias ações, compreender que nosso caminhar não
começou há pouco e nem é fruto do acaso, nos permite outro entendimento da
vida.
Partindo
desses princípios, natural se faça que, dobrando-nos perante a compreensão da
Providência Divina, concluamos: Deus quis assim.
E não
estaremos errados. Como nos ensina Jesus, nenhuma folha cai da árvore sem a
vontade do Pai. Nada nos acontece sem estar sob as Leis da Sabedoria Divina.
Dessa forma,
corretamente pensamos quando dizemos que Deus quer que certos fatos nos
alcancem.
Porém, não
esqueçamos de que assim é porque Deus nos ama.
E é por nos
amar que nos dá a chance do aprendizado.
Toda nossa
existência é um leque de oportunidades para nos direcionar ao entendimento do
amor a nós mesmos, ao nosso próximo e a Deus.
Por isso,
quando a Providência Divina nos oferece momentos difíceis, é para aprendermos
algo.
O que a
Divindade deseja é nosso aprendizado. Não o sacrifício sem sentido, nem o
sofrimento pelo sofrimento.
Dessa forma,
é natural que quando não entendemos a lição de uma determinada ocorrência, ela
retorne ao nosso caminho em outro momento, numa outra dificuldade que a vida
nos vá oferecer.
Essa a razão
pela qual, muitas vezes, nos percebemos em situações que se repetem, envolvidos
com pessoas com as mesmas características, presos a situações que se
assemelham.
Alguns de
nós parecemos ter a capacidade de atrair relacionamentos com o mesmo estilo,
que desaguam em situações semelhantes, nem sempre felizes.
Outros nos
deparamos em sociedade ou no trabalho com situações constrangedoras, em
relacionamentos que percebemos repetitivos.
Por isso,
nos vemos, em momentos diversos, com o mesmo pano de fundo, demandando as
mesmas exigências emocionais.
São
situações que se reprisam, repetindo a oportunidade das lições.
Não se
trata, entretanto, de convite para passar reiteradas vezes por situações
semelhantes, como num capricho da vida.
A questão é
de aprendizado, de construir um entendimento racional ou emocional, a partir
das vivências experienciadas.
As dores, os
relacionamentos difíceis nos chegam para nos ajudar a nos compreendermos e ao
nosso próximo.
Será somente
através dessa compreensão que começaremos a nos amar, a perdoar, assim como a
amar e perdoar ao próximo.
Dessa forma,
não apenas abaixemos a cabeça esperando a dificuldade passar. Mas, façamos um
movimento de resignação ativa.
Resignados,
tentemos compreender o que a vida quer de nós, o que precisamos aprender.
Somente
assim, com o aprendizado feito, não precisaremos nos reter nas mesmas trilhas e
nos mesmos caminhos já percorridos em outro momento.
Tudo depende
de nós.
Redação do
Momento Espírita.
Em
30.1.2018.
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