Tua medida. Linda mensagem de Hammed.
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Melhor do
que medir ou apontar o comportamento de alguém seria tomarmos a decisão de
visualizar bem fundo nossa intimidade, e nos perguntarmos onde está tudo isso
em nós. Os indivíduos podem ser considerados, nesses casos, excelente espelho,
no qual veremos quem somos realmente. Ao mesmo tempo, teremos uma ótima
oportunidade de nos transformar intimamente, pois estaremos analisando as
características gerais de nossos conceitos e atitudes inadequados.
Só poderemos
nos reabilitar ou reformar até onde conseguimos nos perceber; ou seja, aquilo
que não está consciente em nós dificilmente conseguiremos reparar ou modificar.
Quando não
enxergamos a nós mesmos, nossos comportamentos perante os outros não são totalmente
livres para que possamos fazer escolhas ou emitir opiniões. Estamos amarrados a
formas de avaliação, estruturadas nos mecanismos de defesa -processos mentais
inconscientes que possibilitam ao indivíduo manter sua integridade psicológica
através de uma forma de "autoengano".
Certas
pessoas, simplesmente por não conseguirem conviver com a verdade, tentam
sufocar ou enclausurar seus sentimentos e emoções, disfarçando-os no
inconsciente.
Devemos reavaliar
nossas ideias retrógradas, que estreitam nossa personalidade, e, a partir daí,
julgar os indivíduos de forma não generalizada, apreciando suas singularidades,
pois cada pessoa tem uma consciência própria e diversificada das outras tantas
consciências. Julgar uma ação é diferente de julgar a criatura. Posso julgar e
considerar a prostituição moralmente errada, mas não posso e não devo julgar a
pessoa prostituída. Ao usarmos da empatia, colocando-nos no lugar do outro,
"sentindo e pensando com ele", em vez de "pensar a respeito
dele", teremos o comportamento ideal diante dos atos e atitudes das
pessoas.
O ser humano
é um verdadeiro campo magnético, atraindo pessoas e situações, as quais se
sintonizam amorosamente com seu mundo mental, ou mesmo de forma antipática com
sua maneira de ser. Dessa forma, nossas afirmações prescreverão as águas por
onde a embarcação de nossa vida deverá navegar.
É quase
inconsciente para a nossa casa mental o que escolhemos ou opinamos, pois, sem
nos dar conta, acreditamos estar usando o nosso "arbítrio", mas, na
verdade, estamos optando por um julgamento predeterminado e estabelecido por
"arquivos"que registram tudo o que nos ensinaram a respeito do que
deveríamos fazer ou não, sobre tudo que é errado ou certo.
Poder-se-á
dizer que um comportamento é completamente livre para eleger um conceito eficaz
somente quando as decisões não estão confinadas a padrões mentais rígidos e
inflexíveis, não estão estruturadas em conceitos preconceituosos e não estão
alicerçadas em ideias ou situações semelhantes que foram vivenciadas no passado.
Nossos
julgamentos serão sempre os motivos de nossa liberdade ou de nossa prisão no
processo de desenvolvimento e crescimento espiritual.
Se criaturas
afirmarem "idosos não têm direito ao amor", limitando o romance só
para os jovens, elas estarão condenando-se a uma velhice de descontentamento e
solidão afetiva, desprovida de vitalidade.
Se pessoas
declararem "homossexualidade é abominável" e, ao longo do tempo, se
confrontarem com filhos, netos, parentes e amigos que têm algum impulso
homossexual, suas medidas estarão estabelecidas pelo ódio e pela repugnância a
esses mesmos entes queridos.
Se
indivíduos decretarem "jovens não casam com idosos", estarão
circunscrevendo as afinidades espirituais a faixas etárias e demarcando suas
afetividades a padrões bem estreitos e apertados quanto a seus relacionamentos.
"Não
julgueis, a fim de que não sejais julgados, ou mesmo", "se servirá
para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles", quer
dizer, alertemo-nos quanto a tudo aquilo que afirmamos julgando, pois no
"auditório da vida" todos somos "atores" e "escritores"
e, ao mesmo tempo, "ouvintes" e "espectadores" de nossos
próprios discursos, feitos e atitudes.
Para sermos
livres realmente e para nos movermos em qualquer direção com vista à nossa
evolução e crescimento como seres eternos, é necessário observarmos e
concatenarmos nossos "pesos" e "medidas", a fim de que não
venhamos a sofrer constrangimento pela conduta infeliz que adotarmos na vida em
forma de censuras e condenações diversas.
Renovando
Atitudes - Francisco Do Espírito Santo Neto - Ditado por Hammed
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