MALES PEQUENINOS,
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Guardemos cuidado para com a importância dos males aparentemente pequeninos. Não é o aguaceiro que arrasa a árvore benemérita. É a praga quase imperceptível que se lhe oculta no cerne. Não é a selvageria da mata que dificulta mais intensamente o avanço do pioneiro. É a pedra no calçado ou o calo no pé. Não é a cerração que desorienta o viajor, antes as veredas que se bifurcam. É a falta da bússola. Não é a mordedura do réptil que extermina a existência de um homem. É a diminuta dose de veneno que ele segrega. Assim, na vida comum. Na maioria das circunstâncias não são as grandes provações que aniquilam a criatura e sim os males supostamente pequeninos, dos quais, muita vez, ela própria escarnece, a se expressarem por ódio, angústia, medo e cólera, que se lhe instalam, sorrateiramente, por dentro do coração.
Albino Teixeira - Chico Xavier - Livro Coragem.
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